(Arquivo Pessoal)
Primeiro a descrença. Ou seria a fé, a certeza de tudo?
Depois, vieram as necessidades: deixar tudo pago, tentar deixar tudo o que precisava ser feito por escrito e arrumar alguém para substituí-la no trabalho.
Pensou na carta. O que dizer? Era mesmo necessário escrever alguma coisa? Não pareceria muito clichê? Óbvio demais?
Agora, era a vez do método. Foi aí que ela desistiu e mais uma vez provou para si mesma o que a motivara: era covarde demais.
Desistiu. Não porque se sentiu melhor e havia encontrado uma maneira de resolver as coisas. Pelo contrário, seu desejo só havia aumentado.
Desistiu porque não era capaz.
"Incapaz, covarde!", repetia ela em frente ao espelho.
O tempo passaria e ela se conformaria.
Pensou no seu desejo de ser mãe e decidira que não teria filhos. Já os amava e desejava tanto que decidira poupá-los do mundo e principalmente de si mesma.
Covarde!
Um comentário:
Não, covarde não.
Os covardes escondem-se de suas decisões por medo dos julgamentos. Covardes têm medo de desistir.
Ótimo final de semana!
beijo beijo
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