quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Evidências


(Imagem: Arquivo Pessoal)

"Olha a maneira como você se senta. Observe suas mãos, suas roupas. Olha a a maneira como você se senta... Você é uma menina, uma criança. É isso que você quer pra você? É assim que você quer continuar? Você não cresceu..."

A vontade era de dizer sim. Mas eu apenas sorri. Sorri porque na verdade não sabia o que dizer... Nunca fui fã de psicólogas (no feminino porque só me consultei com mulheres até então). Só conheço uma psicóloga que confio e com essa não posso me consultar. Não bastasse a psicóloga, a cabeleireira da minha mãe ri da minha cara quando disse que tinha 22: "Pare com isso, menina. Eu te 'dava' 15 ou 16. Que carinha de bebê!". Sorri novamente e consegui esboçar um "Que bom!". Minha mãe sempre me diz que não cresci, que ainda sou o bebê dela. Mas mãe não conta e eu nunca liguei: como sempre, ela tem razão.
Às vezes acho um pouco de exagero, mas não tiro a razão de quem me chama de menina.

Nas festas familiares sempre me pego no meio das crianças, que quase sempre são meus primos. Prefiros seus "papos", suas brincadeiras, sua maneira de se divertir. Adoro ouvir suas histórias, suas dicas de filmes e livros, suas descobertas narradas por olhos de cortinas recém-abertas para o espetáculo que é a vida.

Adoro Yakult, Bala-chiclete e danoninho. Eu ainda tenho ursos de pelúcia que amo no quarto (todos devidamente batizados com nomes decentes). Eu adoro livros infantis. Sou fã de Peter Pan & Wendy e d'O Pequeno Príncipe. Aprendi a amar os livros de Harry Potter.

Quer saber? Eu sou feliz assim.
Hoje, eu diria pra psicóloga que me "diagnosticou" criança que SIM, é isso que eu quero pra mim e é evidente que é assim que eu quero continuar...

Um comentário:

Isa disse...

Ser criança não tem mal nenhum, pelo contrário. As crianças aproveitam tudo com mais sabedoria, mais prazer, mais diversão.

"Deixai vir até mim as criançinhas", dizia Jesus, e sabia bem o que dizia.

Um abraço

Isa